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O ESTUDO DO FÁCIL

Esta técnica tem maior aplicação em vestibulares, mas se você estiver prestando outro concurso e seu retrospecto de vida se encaixar nos pré-requisitos para sua utilização, vale a pena aplicá-la.


É preciso frisar que esta técnica não faz parte da prática normal do método visto até agora no livro, apesar de utilizar algumas ferramentas já citadas.


Como é algo que classifico como o último recurso, devem se reunir 3 condições para a sua aplicação:


• A matéria já ter sido vista em outros tempos.
• Pouco tempo para a prova.
• Não tenha havido tempo para uma preparação adequada.

 

Quando estudar toda a matéria profundamente é impossível devido ao tempo, a solução pode ser a aplicação da técnica do Estudo do Fácil, que consiste basicamente em estudar cada matéria até o ponto em que ela fique difícil e parar por aí.
 

Explicando melhor.
 

Para estudar pelo método do fácil, o aluno já deve ter tido alguma intimidade com aquelas disciplinas, para que assim não ache tudo difícil e interrompa seu estudo na primeira dificuldade.

 

Por esta técnica, o foco do estudante deve estar nos conceitos gerais, na base das disciplinas que estiver estudando, nos princípios fundamentais, enfim, naquela parte que certamente poderá ser introduzida em uma prova discursiva por se tratar do eixo central da matéria.

 

Exemplificando:
 

Muitas questões em provas discursivas são subdivididas em 4 perguntas das quais 3 envolvem conhecimentos básicos e 1 requer um maior aprofundamento.


O que é melhor então? Acertar sempre o fácil.


Digamos que o aluno acertou além dos 3 itens básicos, também o difícil, mas em compensação, por não ter estudado todas as partes fáceis daquela matéria, acabou errando toda a outra questão que continha 3 itens fáceis e 2 difíceis.


Outro prejuízo que este aluno teve foi em relação ao tempo. A questão mais complexa exige um maior consumo de tempo, fazendo com que o candidato tenha que correr em outras questões, que feitas com mais calma, seriam de fácil resolução.

 

Some-se a este prejuízo temporal também o mental, devido ao esforço despendido na elaboração de respostas mais aprofundadas.


Portanto, além de aplicar a técnica do Estudo do Fácil, o candidato que teve um tempo exígüo de estudo deve utilizar com mais ênfase o explicado no capítulo “Divida os Tempos de Cada Prova” que dá a dica de começar a prova procurando resolver todas as questões que “de cara” se mostrarem de fácil resolução.


Combinando a técnica do Estudo do Fácil com o método já explicado neste livro, o candidato deve ir fichando a matéria que for estudando, mesmo que ela aparentemente seja fácil demais. Depois as fichas devem ser lidas diariamente de acordo com o que foi explicado no capítulo “A Leitura Coordenada dos Blocos de Fichas”.

Frisando novamente, a principal razão de se estudar pela técnica do Estudo do Fácil para os vestibulares é que, na maioria das vezes, principalmente nas provas discursivas, existe uma parte da solução que é muito simples, com matérias que muitas vezes vimos nas 7ª e 8ª séries. O pior é que os candidatos conseguem deixar em branco partes de questões que lhes dariam pontos preciosos.


Isto ocorre porque como a matéria do vestibular é imensa, na maioria das vezes os candidatos não conseguem estudar tudo, e ficam partes de matérias praticamente intocadas. Ou mesmo partes que são muito cobradas, mas que o candidato leu rapidamente, acreditando que aquilo não era importante por ser muito básico. O aluno se preocupou tanto em estudar
exercícios difíceis, em se aprofundar demais em matérias que tinha mais facilidade ou que considerava mais difíceis, que não teve tempo, esqueceu ou mesmo estudou pouco o FÁCIL.

 

A orientação para quem tem pouco tempo para se preparar para um vestibular é, primeiramente, ver tudo que for fácil de todas as matérias.

 

Garanto que mesmo isso será impossível conseguir, é muita matéria. Depois de já ter tido uma visão geral de tudo, comece a se aprofundar, sem esquecer de sempre ler as fichas confeccionadas com o Estudo do Fácil.

No concurso não interessa se você sabe muito, interessa quantas questões você foi capaz de fazer.

 

Como já expliquei, esta técnica serve mais para quem já viu toda a matéria, ou já é formado e quer prestar um novo vestibular. É uma solução de desespero. Se você é aluno do Ensino Médio e irá prestar vestibular daqui a um ou dois anos, procure desde já estudar pelo método mostrado ao longo de todo este livro. Não deixe para quando faltar um mês para a prova recorrer a técnica do Estudo do Fácil. Provavelmente ela não surtirá efeito.

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