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OS LADOS DO CÉREBRO

Como todos sabem, nosso cérebro é dividido em duas partes e, apesar de estarmos ainda engatinhando no domínio de todas as partes que compõem esta maravilhosa máquina, estudos já comprovaram que a forma de pensar é diferente em cada lado. Melhor dizendo, cada lado possui uma característica de trabalho mental preponderante.

Abordaremos apenas as características genéricas que foram suficiente para que eu desenvolvesse fichas que realmente foram uma inovação nos meus estudos. E confesso a vocês, nobres concurseiros, que nunca tinha visto algo igual.

 

Sendo assim, caso seja seu interesse aprofundar o assunto, sugiro os trabalhos dos profissionais que abaixo citarei, com um conhecimento vasto sobre o assunto aprendizado, colocando este que vos escreve apenas na condição de aprendiz, e olhe lá.  Orgulhosamente temos um destaque mundial na neurociência, a brasileira Suzana Herculano-Houzel. Também temos a professora Barbara Oakley, que ministra o excelente curso gratuito "learning how to learn" (aprendendo a aprender, com legendas em português) no site "coursera" (https://pt.coursera.org/). E ainda os quatro trabalhos esplêndidos do professor Pier Luigi Piazzi, à venda na Amazon.

 

 

 

 

 

Sobre o curso "learning how to learn", do site coursera, que volto a recomendar fortemente, o mais extraordinário foi ter percebido que um dos conceitos principais do conteúdo são os "chunks", que podem ser tranquilamente comparados às fichas que compõem o método que transmito. Foi uma grata surpresa ver que mais de 10 anos depois de ter publicado o Manual de um Concurseiro, uma pesquisadora renomada no assunto, da Universidade da California, tinha como parte principal de sua didática uma ferramenta que utilizei intuitivamente, e que deu certo.

Antes que eu esqueça, não posso deixar de mencionar o Dr. Lair Ribeiro, que incansavelmente estuda e produz material sobre desenvolvimento pessoal, inclusive sobre como estudar melhor; e o Dr.Augusto Cury, que presenteia o mundo com obras que realizam uma verdadeira transformação em nossa maneira de atuar neste grande teatro da vida (termo que ele gosta de usar). Abaixo coloco links para os seus trabalhos, mas você pode fazer pesquisas muito mais extensas sobre o que cada um vem produzindo.

Voltando aqui ao modesto conhecimento que eu tinha disponível quando elaborei este método, muito resumidamente podemos dizer que o Lado Esquerdo é a parte lógica, exata, calculista, voltada para a razão. É a parte que enxerga a árvore, o elefante e a casa. É ela que lê um texto, que faz um cálculo aritmético, desenha um triângulo.

 

O Lado Direito é o inverso, enxerga o abstrato. Ao invés de ver a árvore, ele vê a beleza da árvore, seus contornos, suas folhas que possivelmente nasceram no início da primavera, sua sombra que deve abrigar animais que fogem da chuva, se esta árvore estiver próxima de outras, etc.

 

O Lado Direito já passará a enxergar uma floresta, e mais, a paisagem, o contraste do verde com o azul do céu no horizonte, em milésimos esta visão se transforma em uma pintura.


O Lado Direito rege nossas emoções. É o responsável pelas paixões, mesmo quando o Lado Esquerdo continuamente nos alerta do perigo. É a parte do nosso cérebro que torna a interpretação do mundo mais bonita e menos exata, menos quadrada e cartesiana.


Isso tudo tem a ver com a técnica das fichas.

O Lado Esquerdo, o racional, trabalha diretamente com as palavras que estão sendo lidas, enquanto o Lado Direito, que é o que trabalha com o abstrato, irá “ler” os espaços vazios, desenvolverá códigos, desenhos, músicas, relações com situações engraçadas ou ridículas, misturará o absurdo, enfim, fará tudo que não é o estritamente regular em um estudo em que se utilize somente palavras ordenadas racionalmente.

 

Nossa técnica utiliza o Lado Esquerdo, porque com certeza precisamos de palavras ordenadas racionalmente, mas também procuramos explorar ao máximo o Lado Direito, dando oportunidade deste se manifestar.

 

Este uso do Lado Direito é um dos pulos do gato neste método. Como poderemos criar a oportunidade do Lado Direito se manifestar?
 

Basta não ser “perfeito”. O Lado Esquerdo adora trabalhar com coisas que são certinhas, traduzidas com exatidão, palavras contando uma história do início ao fim.

Precisamos fazer uma ficha DIFERENTE. Sair do lugar comum, do usual. Aí o Lado Esquerdo entrará em desespero, porque não saberá traduzir o que não for perfeito e completo. Neste momento entrará em ação a outra parte que muitas vezes é esquecida no aprendizado: O LADO DIREITO DO CÉREBRO.

Como é esta ficha DIFERENTE?
 

Ao invés de escrevermos um resumo completo do que lemos no texto de Direito Constitucional ou História do Brasil, vamos colocar apenas as palavras-chave na ficha.
 

Nossa, como é simples...
Ah, mas isso eu já faço...
Tanta cerimônia para dizer algo tão óbvio...

Mas é exatamente este óbvio que faz a diferença.

Digo isto porque já ouvi estas críticas. Porém, o mais interessante era que apesar de criticarem algo realmente tão simples, estas mesmas pessoas continuavam a estudar de forma complicada e capenga, digo, utilizando apenas uma parte do cérebro, o Lado Esquerdo.

 

Muitos até hoje ainda estão estudando somente com este lado do cérebro, ignorando alguns procedimentos realmente simples presentes neste método.

 

Explicarei como funciona o método das palavras-chave.


Você está de frente com um texto enorme de Biologia ou Direito Tributário. A primeira ação será lê-lo, e aí não existe método de estudo que fará com que você aprenda uma matéria sem lê-la, é suor mesmo.

 

Após a leitura atenta deste texto é que vem o “simples”. Você deverá repassar para a ficha, ou fichas se não couber confortavelmente tudo em uma, apenas as palavras-chave do texto, escritas em tamanho grande com setas ou outros símbolos ligando umas às outras. Existem dezenas de símbolos que podemos criar  e que podem ser utilizados de diferentes formas em outras fichas. É um verdadeiro dialeto que criamos. Tudo com o objetivo de simplificar a releitura, assunto que veremos mais a frente.


Um exemplo pode ser este:

A FICHA acima é auto-explicativa quando nos acostumamos com os símbolo, mas é importante observarmos os detalhes que confirmam o objetivo de deixar a mensagem o mais resumida possível. Percebam que na frente da ficha existe a palavra-chave "HOMEOSTASE", que irá coordenar toda a linha de raciocínio do que vier abaixo e no verso.

 

Neste caso já sabemos o assunto. Agora passemos à explicação que depois de entendida é relembrada em um piscar de olhos: "A homeostase está relacionada com o equilíbrio interno". No verso, mais imagens vão clarear o que foi dito na frente. São os exemplos. Equilíbrio interno de quê? Então tem o símbolo que uso para temperatura e o bonequinho de palito que significa neste caso o "corpo humano". Já está ficando mais claro o que é esse termo homeostase. Então seguem mais dois exemplos: "O equilíbrio do pH do corpo", notem que já não coloquei o corpo porque se não coloquei de nenhum órgão específico, e se estamos falando de corpo humano, o raciocínio lógico vai me levar ao entendimento de que estamos falando também de pH do corpo humano. 

Alguém pode perguntar: "mas não era mais fácil simplesmente colocar o corpo humano de novo?". Respondo que prefiro deixar mais espaços vazios na ficha, deixá-la menos poluída. Isso facilita demais na releitura, que é a chave do método.

E finalmente em nosso exemplo faço uma brincadeira com o português, um símbolo da química e o inglês, para dizer que a homeostase também está envolvida no nível de oxigênio no sangue.

Como é possível ver, explicar uma ficha dá mais trabalho do que revisá-la com um simples passar de olhos. Isso é muito emocionante. É a demonstração do que pode ser um real aumento de velocidade no aprendizado e nas revisões principalmente.

Vejam que, apesar de ter criado o método para aprovação no concurso de Auditor Fiscal, optei por colocar um exemplo de ficha da área médica para explicar que elas podem ser construídas para qualquer assunto de qualquer carreira. Não há  limites.

Abaixo mostro uma ficha que de fato usei nos meus estudos para a competição para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal. E novamente repito: a simplicidade assusta.

 

 

 

 

 

 

O assunto de cara  podemos ver que é “Alíquotas”. Rapidamente o cérebro identifica o assunto como sendo de Direito Tributário porque logo abaixo estarão expostos de forma bem clara e codificada alguns impostos que pertencem a matéria tributária, o ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços), o ITD (Imposto de transmissão causa mortis) e o ISS (Imposto sobre serviços). Estamos falando de uma compreensão que, quando treinada, dura menos que 1 segundo.

Chega a ser desproporcional quando comparamos com a leitura de um caderno. É como se fôssemos comparar uma impressora com uma máquina de datilografar.


Percebam que não foi necessário colocar na ficha que a matéria é de Direito Tributário. Esta lacuna o cérebro já completa pelo conhecido poder de associação. Neste momento começamos a utilizar potenciais do cérebro que normalmente evitamos quando, por exemplo, resolvemos escrever que a Ficha é de Direito Tributário. Não precisa!


Embaixo das siglas dos impostos estão dois círculos, um escrito “Res.Senado” que quer dizer que quem estipula a alíquota máxima daqueles impostos é uma Resolução do Senado; e o outro círculo escrito “Lei Comp” querendo dizer que Lei Complementar estipulará a alíquota máxima do Imposto sobre Serviços.


Vejam bem, estes códigos e abreviações já haviam sido estipulados por mim em várias sessões de estudo de Direito Tributário. Não estou dizendo que você, que está lendo este livro agora e que pode nunca ter visto este assunto, tenha que ler “Res Sen” e entender Resolução do Senado.

Cada estudante cria o seu próprio sistema de codificação de palavras e o utiliza em suas fichas, de modo tornar a mensagem o mais limpa possível e de entendimento rápido.

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O QUE ACONTECE DE

DIFERENTE AO LERMOS ESTA FICHA?

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Ao iniciarmos sua leitura em um momento posterior, o Lado Esquerdo do cérebro, ao encontrar apenas palavras-chave, pedirá socorro ao Lado Criativo, ao “Pintor”, ao nosso Van Gogh portátil.

 

E a ajuda virá com o Lado Direito desenhando a cena, ligando as palavras com harmonia, dando sentido ao conjunto, fazendo uma imagem mental do que estava reunido em apenas quatro palavras-chave.


É o uso desta parte do cérebro dirigido para os estudos. Uma pena muitos deixarem para utilizar esta ferramenta somente quando estão apaixonados, ou mais especificamente dizendo, quando estão no estado temporário de demência mental, como diz outra sumidade na neurociência, o brasileiro neurocientista Pedro Calabrez (Doutor em Ciências (Ph.D) em Psiquiatria e Psicologia Médica pelo Laboratório de Neurociências Clínicas (LiNC) da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP). Recomendo com entusiasmo seus ensinamentos nos vídeos de conteúdo inestimável já publicados no youtube.

Vamos dar o máximo de oportunidade para que este lado do cérebro trabalhe a nosso favor nos estudos para concursos.

 

Quanto mais ele puder trabalhar, melhor. Além de reduzir o número de palavras em cada Ficha, procurem codificar o máximo possível, de forma a ocupar um mínimo de espaço no papel e deixar a maior parte limpa. Percebam que no exemplo codifiquei as palavras “Máximo”, “Resolução”, “Complementar”, além das siglas dos impostos. E ainda poderíamos codificar mais, como por exemplo:

Notem que nesta ficha da ficha codifiquei ainda as palavras. "Res" virou "R", "Alíquotas" virou "Alíq", e melhorei um pouco as setas, além de retirar o círculo ao redor no "MAX".

Muitos podem argumentar e dizer que fica sem sentido ler “R Sen”. Mas como já foi dito, para o aluno que está elaborando a ficha e que está constantemente relendo assuntos relacionados com o tema, este código tem resposta clara em sua mente como sendo “Resolução do Senado”.

 

Os exemplos são muitos. O aluno pode criar uma pequena música envolvendo um tema e repassá-la para a ficha. Não é necessário dar explicações nesta ficha; ao ler a música, o cérebro irá buscar em seus arquivos a matéria relacionada.

 

Esta é a vantagem de estudar com símbolos, dispensar o trabalho explicar a matéria. A mente faz isso na própria leitura da ficha.

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A VANTAGEM DE SE ESTUDAR COM SÍMBOLOS

É NÃO PERDER TEMPO COM EXPLICAÇÕES.

A MENTE FAZ ESSE TRABALHO

NA PRÓPRIA LEITURA DA FICHA.

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É muito mais fácil guardar uma mensagem em um símbolo do que em uma seqüência de palavras. É o Lado Direito que interpreta o símbolo, trazendo diversas vantagens:

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ECONOMIA DE TEMPO AO CRIAR A FICHA

MENOR POLUIÇÃO VISUAL

A RELEITURA É MAIS RÁPIDA

CANSA MENOS RELER ESSAS FICHAS

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Estes são alguns exemplos ilustrativos de símbolos que utilizo em meus estudos:

Vejam que economia de neurônios e de tempo. Um estudante normal faria a leitura daquele texto de conhecimentos gerais e em seguida passaria para a ficha, na forma de um resumo cheio de palavras e palavras.

 

Só nesse processo já consumiria uma boa quantidade de energia, porque escrever cansa.


Quando ele fosse fazer a leitura de fichas, perderia um tempo enorme lendo aquele monte de palavras e cansaria seus olhos, além de sobrecarregar o Lado Esquerdo do cérebro com tanta informação.


Em pouco tempo este estudante estaria cansado de ler, ler e ler fichas, utilizando só a parte racional do cérebro.


Não prego a abolição do Lado Esquerdo do cérebro, mesmo porque seria impossível executarmos o raciocínio de matérias somente enchendo nossas fichas de textos abstratos.

 

Muitas vezes será necessário o uso intensivo do Lado Esquerdo para alcançarmos o entendimento de algumas matérias, principalmente as que requerem cálculos, assim como também aquelas em que, infelizmente, alguns concursos ainda cobram a velha decoreba do significado de alguns termos esdrúxulos.

 

Não podemos também dizer que não haverão fichas com explicações determinadas sobre a matéria. Na verdade, o método de confecção de fichas também abrange aquelas fichas mais trabalhosas de se elaborar, com um pouco mais de texto e quase que totalmente voltadas para o Lado Esquerdo do cérebro.

 

Buscamos o equilíbrio, não a radicalização de um lado sobre o outro do cérebro. Por vezes o Lado Esquerdo pode nos ajudar fornecendo o significado de algumas palavras que entrarão no contexto de um cenário criado pelo Lado Direito. Serei mais claro.


Digamos que o tema seja “mitocôndrias”. Em algum lugar deve existir uma ficha deste estudante, neste caso vestibulando, contendo no mínimo um círculo com a palavra “energia” e outro com a palavra “mitocôndria”.

 

Este estudante também terá outra ficha que contém pormenorizadamente a explicação do que vem a ser uma “mitocôndria”. Naturalmente esta última ficha é toda voltada para o Lado Esquerdo do cérebro, raciocínio puro.


O assunto “mitocôndria” precisou de uma ficha para o Lado Esquerdo e uma para o Lado Direito. Percebam que a ficha para o Lado Direito é muito mais simples, enquanto que a ficha para o Lado Esquerdo contém um texto.

Buscando a simbologia gráfica em nosso Lado Direito, o aluno sequer precisa escrever a palavra mitocôndria em suas fichas. Ele pode sempre utilizar um desenho que ligue imediatamente em sua mente esta palavra, como por exemplo este:

E a ficha ficaria assim então:

O ideal seria apenas fichas para o Lado Direito, em termos de economia de tempo e menor desgaste na leitura das mesmas, mas isso é impossível.

 

Alguns assuntos devem ser lidos dezenas de vezes para serem assimilados. Não tem jeito, a solução neste caso é a ficha de texto, mas percebam que o assunto aqui era “mitocôndria”, algo totalmente específico, então não temos saída.

 

Assim como no Direito Administrativo também encontraríamos uma ficha muito específica para explicar o que vem a ser uma “Empresa Pública” ou uma “Sociedade de Economia Mista”.

Esta ficha pertenceria ao campo do Direito Administrativo, mas não seria necessário colocar isso no cabeçalho. Como já dissemos, nossa mente automaticamente faz a conexão. Fichas assim são um exemplo de que nem tudo pode ser simplificado ou codificado.

O estudo para os concursos é composto de uma dose muito grande de paciência. Percebam que até o aluno visualizar e guardar o que pode ser “objeto de licitação” deverá ler várias vezes o bloco a qual pertence esta ficha. Não adianta pegar a ficha e ficar lendo única e exclusivamente ela, isto seria um processo de decoreba rapidamente apagável em nossa memória. Devemos ler o BLOCO inteiro de fichas.

 

Para explicar o que é um BLOCO de fichas em nosso estudo, retirei este texto de um capítulo mais adiante:

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AS FICHAS CONSTRUÍDAS FORMARÃO BLOCOS DE 100 FICHAS.

É IMPORTANTÍSSIMO LEMBRAR QUE CADA BLOCO SERÁ FORMADO POR MATÉRIAS DIFERENTES.

JAMAIS PODERÁ SER COMPOSTO DE UMA MATÉRIA APENAS, COMO POR EXEMPLO UM BLOCO FORMADO SOMENTE POR FICHAS DE PORTUGUÊS.

QUANTO MAIS MATÉRIAS DIFERENTES EM UM MESMO BLOCO, MELHOR.

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Como coordenar a leitura de blocos de fichas será explicado mais adiante.


É certo que algumas fichas deverão conter inevitavelmente porções maiores de texto, o que não quer dizer que uma única ficha deverá explicar, em pormenores, o que foi a Guerra do Golfo! Isto não é um assunto tão específico como as mitocôndrias.

 

Neste caso recomendo uma mescla de fichas para o Lado Direito, com símbolos, códigos e músicas, e fichas para o Lado Esquerdo, com um pouco mais de texto.


Muito bem. Agora que o nome “mitocôndria” já foi excessivamente trabalhado pelo Lado Esquerdo na leitura da mesma ficha umas 15 vezes em períodos diferentes, talvez o significado lógico desta complexa palavra já esteja sedimentado, a ponto de quando utilizada em um quadro pintado pelo Lado Direito, seu significado surja naturalmente na cabeça do estudante. Neste caso teremos um exemplo de combinação dos dois lados do cérebro na leitura de uma ficha.

É interessante abordarmos como se processa a memória de maior duração, aquela que se mantém viva mesmo depois de um razoável tempo sem acessar.

As fichas que mostro sobre alíquotas e mitocôndria são apenas resumos iniciais, que naturalmente serão complementados por mais fichas.. Não são a versão final sobre o assunto. É importante construir outras fichas apresentando de forma separada as características relacionadas a cada assunto. E ainda, a realização de exercícios sobre os assuntos para complementar o entendimento, fazer com que a mente pratique o que conhecemos, estimulando o poder de associação. Você só vai conseguir construir, biologicamente, conexões consistentes entre neurônios, leia-se, conhecimento e memória, se trabalhar o assunto. Não adianta construir uma ficha e deixá-la de lado, como se fosse um dever cumprido. Ela é uma parte importante do dever, mas deve ser reforçada com releitura, exercícios e construção de novas fichas relacionadas. 

A ficha que construímos, lemos e relemos, vai ficando cada vez mais fácil!

NÃO É DECOREBA. É UM MÉTODO.

Volto a dizer que não é um exercício de decoreba, mecânico, sem dinamismo. Na verdade é um instrumento que contribui com as associações da mente sobre a matéria. Em um primeiro momento você constrói a ficha, não tem domínio do assunto. Com o tempo, além de ler e reler, ainda pratica exercícios e desenvolve outras fichas em assuntos correlatos. Esse trabalho com a informação torna mais nítida a compreensão da disciplina.

Imagine um quebra-cabeça. No início, aquele emaranhado de peças parece não fazer sentido. Conforme você vai montando, aos poucos uma imagem se forma. Até que a última peça é encaixada e é possível enxergar o todo. Agora, com o jogo montado, é possível olhar cada uma das pecinhas unidas e compreender com facilidade sua participação no conjunto.

Com as fichas o processo é semelhante. É preciso estar envolvido com a matéria para que a visualização seja clara e rápida. Também deve se dar tempo para o cérebro acostumar-se com os novos conhecimentos, desenvolvendo assim uma nova rede de conexões de neurônios relativos ao assunto, até que possa ter uma imagem tão boa da informação como temos quando terminamos de montar o quebra-cabeça.

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