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O nome já diz tudo sobre este exercício de preparação para a prova. Ele é para o concurseiro o que um simulador de vôo é para um piloto. Notem que os pilotos, mesmo já depois de várias horas de vôo, retornam aos treinos no simulador. Assim também ocorre com os estudantes de concurso.


Muitas pessoas pulam esta etapa na preparação para um concurso e acabam realizando seu “simulado” no dia da prova pra valer.


O que ocorre então?


O aluno acaba por viver aquela tensão de prova, que é absolutamente normal, exatamente no dia da prova para a qual estava se preparando. Tudo será novo para ele.

 

O silêncio total em sala, os fiscais observando tudo, os outros
candidatos ávidos em suas provas, várias horas sentado em uma cadeira sem poder se levantar, o tempo escasso para fazer tudo, o temível cartão-resposta que deve ser preenchido sem rasuras, enfim, todo um clima que para quem experimenta pela primeira vez pode ser assustador.


Para solucionar este problema foi criado o exercício dos simulados, que quando são bem elaborados conseguem criar um clima quase idêntico ao que o candidato encontrará no dia de sua prova. Geralmente as questões que os cursinhos preparam em seus simulados são mais difíceis até do que as próprias questões da prova real.


A vantagem do simulado é que o aluno não precisa ser matriculado no cursinho para realizá-lo. Todos os cursinhos que conheço oferecem ao público a possibilidade de pagar somente a participação no simulado. Tão importante quanto fazer o simulado como se estivesse fazendo realmente a prova do concurso, é o estudante estar presente na correção das questões que também está incluída no pacote. Dúvidas de questões complexas podem ser resolvidas ali. E o que ocorre muitas vezes é que quando o estudante aprende a solucionar uma questão realmente complexa, aprende também a resolver questões mais simples que estão dentro desta e que são muito comuns estarem presentes em provas divididas em itens.


Enfatizei o que está dito acima porque esta regra nos estudos pode ser aplicada até quando não estivermos tratando de exercícios de simulados. Procure sempre em seus estudos executar os exercícios que envolvam vários conhecimentos da matéria. Como já expliquei, isto faz com que você tenha maior facilidade em resolver os exercícios de menor complexidade.


Como em um quebra-cabeça, se você tem capacidade de montar um de 1000 peças, o de cem você “tira de letra”.


Ainda sobre os simulados. Se em sua cidade não existem cursinhos que ofereçam simulados de qualidade, ou mesmo não existindo cursinhos, você ainda tem uma maneira bem prática e econômica de fazer seu próprio simulado:

 

Compre aquelas apostilas com as provas de concursos anteriores que tenham a ver com o seu foco de concurso ou, se você tiver acesso a internet, existem diversos sites que, além de provas anteriores sobre concursos, dão muitas dicas sobre as matérias de prova, livros, apostilas, e até dicas de como estudar melhor.


Com a prova de um concurso público anterior em mãos, você deverá escolher um local com uma mesa e uma cadeira no qual possa resolver esta prova sem ser incomodado nas próximas 4 ou 5 horas. Uma dica: em casa isso é quase impossível. Procure uma biblioteca, uma sala de aula de uma universidade pública perto de sua casa ou mesmo uma sala de estudos, muito comum nos cursinhos hoje em dia; o mais importante é que ninguém possa lhe importunar e que seja silenciosa (ver mais detalhes no capítulo “O Local de Estudo”)


A postura do aluno também é muito importante. Primeiro deve desligar o celular. Se o único lugar para estudar é em casa mesmo, deve avisar para que ninguém o interrompa sob qualquer pretexto, se for possível tire o telefone do gancho, tranque o quarto e avise que saiu. As outras pessoas da casa devem agir como se você não estivesse ali.


Durante toda a realização da prova levante-se o mínimo de vezes possível, e só considere a mesma concluída quando você terminar de preencher o cartão-resposta feito exclusivamente para ela.


Como vimos, existem duas formas de se realizar os simulados: uma no cursinho, que oferece pacotes com provas por vezes mais difíceis dos que as que farão parte do seu concurso, ou em seu local isolado de estudo, com provas de concursos anteriores. É importante que o candidato treine das duas formas, se possível.


Outro motivo importantíssimo para se fazer simulados, agora me referindo aos que são aplicados pelos cursinhos, é o ranking de classificação que é exposto após a correção dos cartões-resposta de todas as provas.

 

Neste ranking é possível que o candidato saiba como está em relação aos demais, e também se houve progresso em relação aos simulados anteriores.


É possível fazer um cálculo estatístico em relação às vagas do concurso para o qual se está estudando. Basta fazer a proporção do número de pessoas que fizeram o simulado e o número de candidatos que normalmente participa do seu concurso (esta informação você pode obter nos sites relacionados, ou mesmo ligando para as instituições responsáveis pelas provas do seu concurso). A sua classificação no simulado lhe dará uma ideia de qual poderá ser sua classificação no concurso. Mas muita atenção quanto ao universo considerado no concurso. Muitos deles são subdivididos por região do Brasil, neste caso você concorrerá com um número menor de pessoas.

 

Um exemplo: um concurso com 50 mil candidatos que é subdividido em 5 regiões, se transforma em 5 concursos distribuídos hipoteticamente desta forma: 15 mil para a região Sudeste, 10 mil para a região Sul, 10 mil para o Nordeste, 8 mil para o Centro-Oeste e 7 mil para região Norte.
Neste caso, se o candidato pretende prestar um concurso para a região Sul, deve então estimar um universo de 10 mil candidatos concorrendo com ele, e não 50 mil.


Outro ponto que o candidato tem que considerar ao fazer esta estimativa é que uma gama muito grande de candidatos que se inscrevem em um concurso público não possui qualquer preparação para as provas, o que é diferente daquele grupo que vem participando continuamente dos simulados.


Por isso, ao fazer a proporção comparativa de sua colocação no simulado com o universo geral de candidatos, sua posição será sempre um pouco melhor do que seria se considerasse uma proporção exata.

Exemplificando: no simulado participaram 100 alunos, você ficou em 10° lugar. Comparando com o seu concurso no qual estão inscritos 10.000 candidatos, você se classificaria em 1.000° lugar se fosse utilizada uma proporção exata.

 

Mas temos que considerar diversas variantes, entre elas a de que nem todos os 10.000 candidatos estão com o mínimo de preparação para prestar um concurso, outra, seu cursinho fez uma prova muito mais puxada do que a aplicada no concurso público propriamente dito, e ainda, que os alunos que estão realizando a prova com você no simulado podem já estar em um nível bastante elevado que faz com que o seu 10° lugar signifique muito mais do que o 1.000° lugar no concurso público em si. Sendo assim, comparativamente sua colocação estimada no concurso público estará bem superior ao milésimo lugar.


Meu exemplo pessoal foi mais ou menos assim. Na última semana antes da prova para o concurso público de Fiscal, participei de um simulado em um dos cursinhos que freqüentava e fiquei em 47° lugar. Poderia ter feito o cálculo equivocado de que se no concurso público só haviam 38 vagas, e que se mesmo ali no simulado não consegui alcançar a classificação concorrendo com muito menos gente, significaria então que não iria me classificar.


Porém, o que considerei e que me deixou com uma ponta de esperança?

 

Grande parte daqueles candidatos que estavam fazendo simulado comigo iriam prestar a prova para outras regiões do Brasil, e que se verificasse quais daqueles que ficaram na minha frente queriam a região Norte, veria que minha classificação subiria muito.

 

O cursinho não disponibilizou esta informação, mas conversando com grande parte deles, descobri que a turma estava bastante pulverizada.


Alguns para o Sul, outros para o Centro-Oeste, outros para o Norte, como eu, e outros sequer iriam fazer aquela prova, mesmo estando em boas condições, devido a impossibilidade de se mudarem do Rio de Janeiro.


Meu cálculo proporcional mostrou-se eficaz ao verificar, posteriormente, que no meu concurso consegui a 8ª colocação.

E é possível compreender o valor dos simulados, além de treinar a sua mente para o calor do dia.

OS SIMULADOS

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CHEGUE NO DIA ''D'' COM UMA CERTA TARIMBA

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