Aqui coloco as perguntas em texto
Gostaria, se possível, que você pudesse responder a alguns questionamentos que tenho à respeito do cargo de AFRFB; este é o cargo que pretendo seguir, pois estou na disputa por uma vaga. Virei concurseiro mesmo e me incentivei muito mais ao ler o seu livro. Sou Engenheiro Civil e meu tempo é meio escasso, mas não vou desistir. Minhas dúvidas são as seguintes:
1) O que você acha das aulas por Internet? Encontrei bons sites de estudo na Internet e já estou pagando por um, com muito boas aulas. A grande vantagem que acho é que eu posso voltar os assuntos quando não entendo, quantas vezes eu quiser. Você acha que as aulas presenciais são melhores (Cursos presenciais)?;
Alex Viégas: A internet pode ser uma excelente forma de estudar, tudo vai depender de você encontrar um bom curso. Considero inclusive que o fator concentração pode ser ampliado quando estudamos sozinhos. A perda nessa caso fica com a impossibilidade de tirar uma dúvida com um simples levantar de dedo. Em contrapartida, você pode buscar a solução de sua dúvida em outras fontes na internet mesmo, e quando faz isso acaba iluminando outros assuntos. Ou seja, estudar pela grande rede será cada vez mais prático e indispensável para a aceleração do aprendizado. Alguns bons cursinhos, percebendo que esta é uma tendência irreversível, já estão realizando suas aulas presenciais com a opção de vizualizá-las pela internet para quem mora em outras cidades. A tarefa do concurseiro de hoje é buscar a melhor informação neste mar de dados que nos cerca. Então mãos à obra.
2) Qual a média de idade de quem passa no concurso para AFRFB ? Tenho 43 anos e às vezes acho que estou bem menos jovem do que a maioria que consegue entrar. Será que é preconceito meu? Será que estou em desvantagem em relação aos mais jovens? Existem muitos concurseiros na minha faixa etária ?; gostaria de retirar essa ideia da minha cabeça;
Alex Viégas: Para começo de conversa, tenho 42 anos e considero que hoje é o meu melhor momento em termos de capacidade de aprendizado, motivação e poder de associação. Sobre este último ponto, é importante ressaltar que quanto mais o tempo passa, e você aproveita sua vida para aprender coisas, maior será o desenvolvimento de seu poder de associação de ideias. Assim, quando chega uma nova informação, como a de uma matéria de concurso por exemplo, seu cérebro já começa a conversar com o dicionário de conhecimento que você já tem, e isto se torna uma vantagem quando você sempre teve o hábito de ler e se interessar em aprender.
Não tenho a noção da idade em que as pessoas passam, mas digo com tranquilidade que com 43 anos você é um garoto que ainda terá 27 anos dentro do serviço público. E quando sair ainda dá para fazer umas 3 faculdades.
3) Como é o ambiente de trabalho na Receita Federal? É legal ? As pessoas se ajudam ou existe muita concorrência para ver quem é o melhor ? Os relacionamentos sadios são cultivados? Tem gente que gosta de prejudicar o colega? A maioria se respeita?
Alex Viégas: É difícil falar sobre toda a instituição Receita Federal, mas posso dizer por mim (e daria uma resposta menor se isto não fosse verdade), tenho um excelente ambiente de trabalho, amigos que já conheço há mais de uma década e com quem compartilho momentos de grande amizade. Sempre que alguém precisa de uma ajuda com uma dúvida, é possível encontrar vários colegas que podem ajudar. Nosso relacionamento é sadio, tudo baseado no respeito e amizade. Nunca percebi um movimento de colega querendo prejudicar o outro, e creio que este comportamento pequeno seria rapidamente banido pelo grupo que trabalha em harmonia.
Assim como a repartição em que atuo (Delegacia de Julgamento), diversos outros setores também seguem em um ambiente saudável e favorável ao bom convívio.
4) O ritmo de trabalho é estressante ?
Alex Viégas: Somos cobrados por metas de trabalho. Então nos cabe colocar em prática nosso conhecimento e estar constantemente aprimorando o mesmo. Não vejo estress nisso, basta tocar o dia a dia com regularidade e planejamento das tarefas.
5) Há quantos meses de férias por ano?
Alex Viégas: As férias são de 30 dias, podendo dividir em até 3 partes, que não precisam ser do mesmo tamanho. Ex: 3 + 15 +12.
6) O profissional que já tem anos de casa como você, consegue receber qual valor de salário, hoje?
Alex Viégas: Melhor do que responder em termos particulares, coloco abaixo o link que apresenta a nossa escala salarial (Veja o anexo IV):
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/L10.910compilada.htm
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1º Como conciliar estudos em apostila e vídeo-aulas? Antes do Edital e Pós-Edital.
PS.: Levando em consideração que cada aula tem duração aproximada de 3h, e que eu não tenho um conhecimento aprofundado nas disciplina estudadas.
Alex Viégas: Ambas as fontes de estudos são excelentes e podem perfeitamente ser utilizadas em conjunto. A apostila é um trabalho feito por um professor, que em seu entendimento reúne os principais pontos de uma disciplina ou parte dela; quando bem feita é um verdadeiro atalho para o ponto que precisamos aprender.
A vídeo-aula é um material ainda mais rico, em que o professor pode expressar vários pontos de vista sobre a disciplina e consegue em um espaço curto de tempo, passar grande quantidade de informação.
Uma dica importante é rever dezenas, eu disse dezenas, de vezes a vídeo-aula.
A função da apostila de apoio neste caso, é a de auxiliar em um ponto transmitido na vídeo-aula. Pode não estar igual, mas é possível combinar as duas informações e delas tirar um conhecimento mais completo da matéria.
Então você deve: 1)Ler e Fichar a apostila; 2)Ouvir a vídeo-aula uma vez (abrindo as ideias); 3)Ouvir a vídeo-aula dezenas de vezes, acompanhando com a apostila e produzindo novas fichas; 4)Ouvir a vídeo-aula em todas as horas possíveis (ônibus, metrô, consultório, escondido no trabalho, andando para qualquer lugar e antes de dormir)
Você literalmente se casa com as matérias. Quem tiver o melhor convívio com elas, automaticamente terá mais intimidade e estará em vantagem na caminhada.
Depois de publicado o edital, naturalmente você deve se concentrar em tudo que ele contém. Deixe as grandes discussões sobre as disciplinas para depois da aprovação.
2º Quando o concurso é sobrecarregado de disciplinas, exemplo: AFRF. Se o meu curso disponibilizou apostilas em PDF mas são enormes, eu gastaria uma grana para imprimir todas as apostilas... O que devo fazer?
Eu estava estudando pelo método de fichas e revisando no notebook as apostilas em PDF.
Alex Viégas: Se você tem facilidade para ler em um notebook ou em um e-reader, hoje é possível ter toneladas de matéria sem uma folha de papel impressa. Estará até ajudando o planeta.
Porém, se ainda não se adaptou a ler nas telas, considere o custo de impressão destas apostilas como investimento para a sua vitória, não será dinheiro jogado fora quando você tiver seu nome convocado para a posse. Na verdade será apenas um troco perto do ganho que todo este suor lhe proporcionou.
Lembre-se de que você está em uma guerra. Encare os custos como parte da campanha.
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Olá senhor Alex! O seu livro foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, me deu a esperança de que é possível, basta acreditar e correr atrás dos nossos sonhos. Pretendo prestar concursos para as carreiras administrativas para tribunais técnico nível médio nas esferas estadual e federal. Ex: TJ, TRE, TRT... Estou no 4º período da faculdade de DIREITO. A forma de cobrança no concurso é diferente da universidade, assim todos me falam. As pessoas falam que para o concurso para tribunais, nessas carreiras, o modo de estudar para as provas é só decorar lei seca, totalmente diferente da universidade. Exemplo: no Direito Constitucional da faculdade cobra-se a doutrina, no concurso é somente lei seca. Inclusive alguns chegaram a me falar, desanimando-me que quem só tem o 2ºgrau ou até uma faculdade em uma área diferente que a do Direito tem até mais facilidade, está em mais condições para fechar as questões e ser aprovado, pois não vai ficar raciocinando (viajando) em cima das questões. Que dicas sua excelência poderia me dar para estudar para a faculdade e simultaneamente ir estudando para esses concursos de nível médio, sem um estudo atrapalhar o outro e de preferência até ajudar. Não existe uma técnica (modo), por exemplo, de estudar Direito Constitucional para a faculdade e conseqüentemente esse estudo me servir para a prova de constitucional que me será cobrada no concurso?Ou então maximizar o meu estudo ao máximo, complementando o mínimo de estudo para a avaliação que me será cobrada no concurso ou não tem jeito mesmo, terei que estudar a mesma matéria de maneiras diferentes para os respectivos objetivos? Qual a sua opinião, oque me recomenda? Grata.
Alex Viégas: Sua dúvida é um exemplo de como outras pessoas desinformadas ou desiludidas podem plantar veneno no solo dos sonhos de quem está começando a estudar para concursos. A informação que te deram está completamente equivocada, ou no mínimo, é antiquada.
Os concursos de hoje são verdadeiras provas de conhecimento, de realmente conhecer uma matéria, jamais decoreba. Um percentual mínimo fica restrito à uma lei seca, são questões cada vez mais em desuso nos concursos.
Geralmente as questões envolvem um contexto, para provocar no candidato o senso crítico da situação, saber como ele vai se comportar em uma situação real. Mas não podemos esquecer de que estas questões sim, estão baseadas em leis, e neste ponto, ao contrário do que te disseram, é uma vantagem saber ler uma lei, saber que ela não existe sozinha no mundo jurídico.
É incrivelmente salutar para o seu desempenho na faculdade, que você esteja também estudando para concursos. Geralmente a cobrança dos concursos é maior e por isso, o que você puxa para aprender para um, auxilia no outro
Um dica: faça o fichamento também do que você vai aprendendo na faculdade. Como as matérias são passadas de uma forma mais lenta, você terá muito mais tempo para construir um arsenal de disciplinas que poderão auxiliar no estudo para os concursos.
Pode acontecer de você não passar no primeiro concurso, visto que as matérias cobradas muitas vezes abrangem vários períodos da faculdade de Direito. Não tem problema, persista construindo suas fichas, elas não morrem naquele concurso que acabou.
Em resumo, reverta a visão que te passaram. Estudar Direito e ao mesmo tempo estudar para concursos pode ser uma grande vantagem para os dois lados.
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Sirvo-me do presente para solicitar algumas informações acerca de como me preparar melhor para o concurso o qual já almejo há algum tempo, tenho estudado par o CFO da PMMG, já sou militar, e por três vezes tentei o referido concurso, na primeira não fui bem fiz apenas 19 questões apesar da média para aprovação ter sido 22 questões, já na segunda vez fiz 25 questões e a nota de corte foi 26 fiquei super pra baixo, no ultimo não sei o que houve penso que foi muita confiança no que eu já havia estudado e foi meu pior desempenho fiz 17 questões e depois de algumas anuladas fui para 20.
Bem esse é o meu breve relato, porém estou com dificuldades nos estudos, estou sem norte, como estudar e o tempo é curto porque so tenho 5 meses para preparar-me, o mais interessante é que parece que as informações já adquiridas se perderam, tenho livros das matérias, vídeo aulas, manuais, resumos mas me parece que não tem ajudado muito, e o que me deixa impressionado é que eu repasso todo o meu material para outras pessoas e elas acabam aprovadas e eu fico para uma outra oportunidade.
Gostaria muito que me ajudasse, orientando acerca de como devo estudar, tempo destinado aos estudos, como montara grade de estudos...etc.
Alex Viégas: Seu caso é clássico de um concurseiro que está muito perto da aprovação, e também, muito perto de desistir.
Mas por que desistir? Falta de confiança.
Como você mesmo disse, até mesmo as pessoas para quem você passou a matéria já foram aprovadas. Então este é um grande indício de que você está no caminho. Primeiro ponto para fortalecer sua confiança.
Outra questão é a concentração excessiva em uma data de prova. Esta pressão pode criar a falsa impressão de que você "só tem 5 meses". E não é verdade. Você tem 5 meses + todo o tempo que já estudou, que conta e muito. Outro ponto para a sua confiança.
E concluindo, é perfeitamente natural este momento em que parece que não aprendemos nada. É um estágio normal do aprendizado, chama-se comumente de confusão. É o ponto em que você está prestes a reunir as peças do quebra-cabeças, mas tudo ainda parece turvo. A maioria dos candidatos morre aí. Você não!
Um dica: faça esta mesma prova para outros estados, por dois motivos. 1 - Pode ser que você seja aprovado e de repente queira seguir uma nova vida em um lugar diferente; 2 - Será um ótimo treinamento em ambiente real, sendo aprovado ou não. Se for aprovado, melhor ainda, aumenta a confiança para o concurso que você quer.
Não existe trabalho jogado fora, existem pessoas que desistem.
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Vendo seus vídeos no youtube, fiquei com uma dúvida, em certo vídeo vc responde a dúvida de um concurseiro que quer saber se depois de ter estudado 1h30 e não ter terminado o capitulo, se ele já pode passar p outra matéria ou deve terminar aqele capitulo. Entendi a resposta q vc deu, mas a dúvida que ficou é que eu achei que vc fosse corrigir ele dizendo que ele devia fazer exercícios p/ fixar o que estudou e não apenas ler e deixar para fazer exercícios depois que chegar ao fim daquele capítulo, pois eh assim q eu faço, e fazendo as fichas ao decorrer da hora de estudo, está certo esse meu método de estudo?
Outra dúvida q tenho eh em relação as questões, sei q devo fazer muitas questões, mas meu foco é tecnico do trt, entao devo fazer apenas questoes de nível médio ou posso fazer de nível superior tbm ?
forte abraço !
Alex Viégas: Depois de 1h 30m em uma única matéria recomendo a alternância com outra disciplina. É uma forma de driblar o cansaço cerebral, apresentando algo novo, que utilize outras funções de raciocínio.
Se o estudante após esta 1h e 30m resolver fazer exercícios desta mesma disciplina, é provável que seu estudo nesta matéria ultrapasse com folga as 2h de trabalho em uma única disciplina.
Por este motivo, considero melhor a inversão de foco de estudo para outra área e deixar os exercícios desta mesma matéria para um outro momento em que o cérebro já não esteja cansado de vê-la, dando inclusive tempo para a assimilação.
Quanto ao nível de dificuldade de questões a trabalhar, indico explorar os três níveis: fácil, médio e difícil. A vantagem de treinar com questões difíceis é que a maioria delas trabalha vários conceitos fáceis e médios. É como realizar várias questões ao mesmo tempo. Por outro lado, não descuide de rever questões de nível fácil e médio, elas costumam cair muito, e deixam muita gente boa com um gosto amargo na saída da sala de provas: "como pude esquecer algo tão fácil".
Mesmo o seu concurso sendo de nível médio, é interessante treinar em questões de nível superior; elas te ajudarão a consolidar vários conceitos de uma só vez. E novamente volto ao tema da questão anterior e as peculiaridades do nosso cérebro: o importante é variar.
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MDC - ALEX VIEGAS